O Instituto Tamanduá


O Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil, chamado de Instituto Tamanduá, é uma Organização Não Governamental que surgiu em 2005 com a missão de desenvolver ações de pesquisa, educação e fomento a políticas públicas visando a conservação das 30 espécies viventes de tatus, tamanduás e preguiças.

No âmbito educacional, a ONG conquistou espaço de renome com cursos teóricos e práticos em universidades, participação em simpósios e congressos nacionais e internacionais e com o oferecimento do mais completo curso de campo para capacitar profissionais que trabalham com fauna em vida livre, que ocorre no Pantanal do Mato Grosso do Sul, todos os anos, e que este ano terá sua primeira edição no Nordeste brasileiro.

No campo da pesquisa acadêmica, o Instituto Tamanduá desenvolveu estudos pioneiros com tamanduás, tatus e preguiças nas áreas de biologia, ecologia, sistemática, genética da conservação e educação ambiental, sendo hoje referência no desenvolvimento de pesquisas científicas para geração de informações necessárias para a conservação destas espécies e de seus habitats.

Na esfera das políticas públicas, o Instituto Tamanduá vem apoiando, colaborando e orientando a realização de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado para a conservação destas espécies. Atualmente, a ONG é responsável pela coordenação do táxon no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, documento produzido, bianualmente, pelo Ministério do Meio Ambiente/ICMBio, sendo considerado a maior ferramenta para a criação de políticas de conservação no Brasil.

Além disso, a ONG coordena o Plano de Ação Nacional do tatu-bola (Tolypeutes tricinctus e matacus) produzido pelo Ministério do Meio Ambiente, que identifica e orienta as ações prioritárias no combate às ameaças para esta espécie. O Projeto Tamanduá atua ainda na elaboração de políticas públicas envolvendo estas espécies na Argentina, Peru, Colômbia e Suriname e é responsável pela coordenação do táxon na Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas de extinção a nível mundial, documento elaborado pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

Instituto Tamanduá: há 15 anos levantando esta bandeira!

Acesse a página do Instituto Tamanduá

Parceria para Conservação do Tamanduaí

O Programa de Conservação do Tamanduaí no Nordeste Brasileiro


O Aquário de São Paulo e a ONG Instituto Tamanduá fecharam uma parceria para a realização do Programa de Conservação do Tamanduaí no Nordeste Brasileiro. Trata-se de um projeto envolvendo a menor espécie de tamanduá, que é um dos animais menos estudados da atualidade, com o objetivo principal de gerar conhecimento sobre sua biologia, ecologia, distribuição e ainda promovê-lo como espécie guarda-chuva para preservação dos ambientes costeiros e manguezais do litoral nordestino.



Qual a importância do Tamanduaí?


O tamanduaí controla as populações de insetos sociais e serve como presa para outras espécies animais. Ao fazer parte da rede alimentar do habitat onde vive, contribui para o equilíbrio de todo o ecossistema.



Por que proteger o Tamanduaí?


Embora as populações da espécie sofram com o rápido desflorestamento e perda de hábitat, a espécie não é considerada ameaçada pela IUCN, tendo o status de dados deficientes (DD) devido ao pouquíssimo conhecimento existente sobre ela e sobre o atual status de suas populações.

Essa grande carência de conhecimento sobre a espécie e em particular sobre esta subpopulação nordestina (nunca antes estudada), aliada à crescente degradação do ambiente onde ela ocorre, faz com que se tornem urgentes estudos que levantem informações sobre sua biologia e ecologia. Esses estudos servirão de subsídio para implementação de futuras estratégias de conservação da espécie.

Este projeto possibilitará ainda, por meio de suas diversas linhas de ação, a conservação de outras espécies raras, endêmicas ou ameaçadas que ocorrem na região do Delta do Parnaíba, favorecendo assim a manutenção da biodiversidade e dos serviços ambientais fornecidos. Além disso, serão promovidas ações de educação ambiental e comunicação com o intuito de aproximar a espécie e seu hábitat da população, contribuindo para a mobilização da comunidade para as questões ambientais.

Por fim, este projeto atende às diretrizes da IUCN para a conservação de espécies ameaçadas de extinção e contribui diretamente para as metas de conservação da biodiversidade estabelecidas pelo Governo Federal no Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Manguezais.



Curiosidades

Tamanduaí


O animal toma uma postura defensiva quando se sente ameaçado, erguendo-se sob suas patas posteriores, que estão sempre agarradas a algum apoio, e enrolando sua cauda seguramente a este apoio, formando um tripé. Os membros anteriores com suas fortes garras são posicionados próximos à face do animal, que flexiona o corpo para frente e, e embora as patas dianteiras encontrem-se suspensas, o animal não perde o equilíbrio e se mantém firme.



Tamanduá-mirim


Apesar de também serem chamados de tamanduá-de-colete, nem todos os espécimes apresentam um colete formado pelas faixas escuras na região dorsal bem definido. Alguns animais do nordeste brasileiro e de parte da Venezuela apresentam a pelagem da região do colete de cor acastanhada, marrom ou com o colete fracamente delimitado.



Tamanduá-bandeira


Ao dormir, os Tamanduás-Bandeira deitam-se e posicionam sua cauda sobre o corpo para ajudar a conservar a temperatura gerada por seu metabolismo. Esse comportamento também serve para ajudar na camuflagem do animal.



Ameaças

Tamanduaí


As populações da Amazônia estão ameaçadas pela destruição do habitat, decorrente principalmente das queimadas e do desmatamento. Além disso, na Amazônia é comum a retirada destes animais da natureza para serem vendidos com pet.

As populações do Nordeste brasileiro estão ameaçadas pela degradação do habitat, decorrente de diversas atividades humanas desenvolvidas tanto no litoral quanto no interior.



Tamanduá-mirim


As maiores ameaças a esta espécie são a perda de habitat (causada principalmente pela ocupação de extensas áreas com atividades agropecuárias), as queimadas, os atropelamentos e a caça, além do ataque de cães ser bastante comum em toda a área de ocorrência da espécie. O tamanduá-mirim é por vezes (inadequadamente) utilizado como animal de estimação (pet), sendo uma espécie que faz parte do tráfico ilegal.



Tamanduá-bandeira


As principais ameaças identificadas são a perda de habitat, as queimadas, os atropelamentos, a caça, a perseguição humana, o envenenamento indireto por inseticidas aplicados para o controle de formigas e cupins em áreas de plantios e enfermidades infecciosas reprodutivas.

Reprodução

Tamanduaí


A gestação dura entre 120 e 150 dias e nasce somente um filhote por gestação.

Atingem a maturidade sexual em torno dos 2 anos de idade.

Diferente das outras espécies de tamanduás, nesta espécie o macho também auxilia nos cuidados com a cria.



Tamanduá-mirim


Não possuem dimorfismo sexual evidente, embora as fêmeas sejam menos corpulentas e apresentem peso menor do que os machos.

Os tamanduás-mirins podem ter até duas gestações de uma cria por ano, sendo que a gestação dura de 130 a 150 dias.

Atingem a maturidade sexual em torno dos 2 anos de idade.

Durante o cuidado parental, a mãe pode carregar o filhote no dorso por 6-9 meses. Após cerca de um ano, o filhote se separa da mãe.



Tamanduá-bandeira


Não possuem dimorfismo sexual evidente.

O período de gestação descrito para a espécie é em média de 183 a 190 dias, nascendo apenas um filhote por gestação.

A espécie atinge a maturidade sexual entre os 2,5 e 4 anos de idade.

Durante o cuidado parental, a mãe pode carregar o filhote no dorso por 6-9 meses. Após cerca de um ano, o filhote se separa da mãe.

Visite-nos nas Redes Sociais:
Departamento de Escolas do Aquário de São Paulo
Aquário de São Paulo • 2024 © Todos Direitos Reservados

Acesse a Homepage do ASP